Portal da Cidade Itu

AÇÃO POLICIAL

Operação Chicago revela esquema de extorsão

Quadrilha fabricava Boletins de Ocorrência para exigir valores milionários de empresários, envolvendo agentes públicos e advogados

Publicado em 26/03/2024 às 10:44
Atualizado em

Operação conjunta prende grupo criminoso em Indaiatuba e Itu (Foto: Internet)

Na manhã desta terça-feira (26), o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público (MP), deu início a uma operação em Indaiatuba e Itu com o objetivo de desarticular uma organização criminosa envolvida em extorsão, corrupção e outros crimes. 

Uma policial civil que atua em Indaiatuba foi descoberta como residente em Itu, evidenciando uma possível ligação entre os locais e os suspeitos investigados.

Este fato levantou suspeitas adicionais durante o cumprimento dos mandados, demonstrando a complexidade do esquema criminoso e a necessidade de uma abordagem minuciosa por parte das autoridades responsáveis pela investigação.

Esta ação, denominada Operação Chicago, teve como alvo um grupo criminoso que vinha operando um esquema de extorsão sofisticado na região.

Entre os investigados, figuras importantes do sistema de segurança pública foram identificadas, incluindo um delegado de Polícia, dois investigadores, um escrivão, dois guardas-civis e três advogados. 

O modus operandi desse grupo consistia em invadir estabelecimentos comerciais, subtrair bens e valores das vítimas e, em seguida, utilizar-se da estrutura da polícia judiciária para sustentar suas exigências ilícitas de pagamento de vantagens indevidas. 

O esquema de extorsão, que envolvia a fabricação de Boletins de Ocorrência falsos para justificar prisões abusivas, atingiu mais de uma dezena de empresários ao longo de cerca de um ano. As vítimas eram coagidas a pagar valores que variavam entre R$ 1 milhão e R$ 3 milhões para evitar a prisão ou interrupção das investigações contra elas.

Para dar cumprimento às ordens judiciais, foram mobilizados 15 promotores de Justiça, 10 servidores do MPSP, 94 policiais militares e 19 policiais civis. Além das prisões e dos mandados de busca, foram deferidas medidas de sequestro de bens móveis e imóveis, além do bloqueio de valores que somam aproximadamente R$10 milhões.

A escolha do nome Operação Chicago não foi arbitrária. Remete ao período da história em que a cidade americana era dominada por gangsters nos anos 20 e 30, que governavam com violência, ignorando a lei e acumulando fortunas com crimes.

Fonte:

Deixe seu comentário